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Criação do Parque Ecológico do Ciclista na QI/QL 30 do Lago Sul

Histórico de utilização da área

Esse ano o evento Xterra foi realizado em Brasília, no Lago Sul, entre os dias 11 e 12 de julho de 2015. O evento contou com a participação de muitos ciclistas, corredores e simpatizantes da comunidade em geral.
O percurso ecológico se deu em trilhas no Parque da Ermida Dom Bosco e também nos arredores (QL 30 e 32 do Lago Sul):

As trilhas já existem no local e são utilizadas regularmente por ciclistas que buscam pedalar em contato com a natureza, em um dos últimos lugares preservados às margens do lago Paranoá.

Iminência de privatização da área mediante loteamentos privados

Este tipo de pedalada ecológica está seriamente ameaçada pela especulação imobiliária que se instalou em Brasília. A área onde ocorreu o evento consta do PDOT como residencial, ou seja, é questão de tempo até que aquela bonita área do cerrado vire mais um parcelamento privado irregular ou que a própria Terracap licite os terrenos para uso privado. Basta ver o histórico da nossa capital no que diz respeito à ocupação das áreas públicas por empreendimentos privados, até mesmo de forma irregular e ilegal.
Conforme já noticiado na mídia, o governo tem a intenção de lucrar por meio da venda de terrenos na área citada, desmatando o que resta do cerrado ainda preservado e beneficiando um pequeno grupo de pessoas que possuem melhores condições econômicas em detrimento do restante da comunidade:

Conforme já dito, a área utilizada pelos ciclistas, corredores e amantes da natureza foi definida no PDOT como novas quadras residenciais do Lago Sul, QI e QL 30, e em breve devem estar privatizadas:

Criação do Parque Ecológico do Ciclista

É preciso que a população se conscientize para evitar que este valioso espaço seja privatizado e sirva mais uma vez à ganancia insaciável do mercado imobiliário de Brasília.
A proposta então é a criação do parque ecológico do ciclista na área definida como QL 30 e QI 30 do Lago Sul.
A criação do parque, num primeiro momento, não demanda gastos por parte do governo, pois a área ainda está preservada e as trilhas já existem no local.
Apesar da proximidade geográfica do já existente Parque Ecológico da Ermida Dom Bosco, a criação do novo parque se justifica porque sua destinação se diferencia daquele. O parque da Ermida não se mostra inteiramente apropriado para o uso por ciclistas em pedaladas do tipo off road, pois conta com poucas trilhas, é muito frequentado por pedestres, animais domésticos, banhistas e possui limitações de horário. Além de acolher muitos eventos musicais, de skatistas, dentre outros.
O parque da Ermida Dom Bosco já possui características de grande urbanização. Dessa forma, a criação do Parque Ecológico do Ciclista pode agregar-se ao Parque da Ermida Dom Bosco de forma diferenciada, contribuindo com sua preservação e valorização. Isso sem contar os inúmeros benefícios de se reservar uma pequena parte da orla do lago para a prática de esportes off road, ecológicos, evitando a completa urbanização daquela área.

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